quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Movie Star Trash quer dominar o mundo com instrumental sci-fi

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A banda é nova. Mas quem viu um show do Movie Star Trash se impressionou. E quem teve a oportunidade de ouvir alguma música do disco "No limite do Alerta" que está pronto teve a certeza que a surf music brasileira tem uma representante de nível gringo.

O trio curitibano formado em 2012 foca agora no lançamento do disco até o final do ano e começa a agendar shows pelo Brasil. Eles tocaram no maior festival de surf music brasileiro, o Campeonato Mineiro de Surf, em Belo Horizonte. E agora vão para o interior do Paraná, depois de apresentações bacanas no festival curitibano Psycho Carnival.
O set tem músicas antigas, outras do disco e algumas inéditas recentes no projeto de dominação mundial. Eles atacam com seus macacões repletos de armas para manipulação da mente humana.

E usam as ondas sonoras cnuma mistura da surf music clássica com a do revival da década de 1990 e tem referências de ficção científica cinematográfica e literária. O som embala histórias fantásticas e assustadoras.
O Projeto Zombilly entrevistou o baixista Nei Rodrigues que falou sobre a origem da banda, como foi gravar o disco, os planos da banda, entre outros assuntos.
ZOMBILLY - Como vocês montaram o Movie Star Trash?
NEI RODRIGUES - Tudo começou no final de 2010, quando eu e o Davi (guitarrista) fazíamos um curso de audiovisual no Colégio Estadual do Paraná. Entre um papo e outro sobre música, literatura e cinema, descobrimos que ambos gostavam de surf music. Surgiu aí a ideia de algum dia montar uma banda. Então no começo de 2012 começamos a por isso em prática. A primeira dificuldade foi achar o nome pra banda. Daí surgiu "Movie Star Trash", um jeito manero de agregar tudo o que nos influencia nesta cultura underground. Estava quase tudo pronto, pois já tínhamos a ideia de fazer um power trio... era só arranjar um baterista. O primeiro nome que surgiu foi nada mais nada menos que o polaco Ademir (do Ovos Presley). Começamos os ensaios em fevereiro de 2012. Mas logo em seguida o Ademir largou as baquetas. Então chamamos outro amigo nosso de longa data, o Matheus Moro, que foi o primeiro batera do Ovos Presley e também tocou nas primeiras formações do Hillbilly Rawhide. E assim estamos até hoje, ...tentando dominar o mundo! [risos]

Apesar da banda ser nova, vocês são bem atuantes, tocam bastante, fazem vídeos...
como é a iniciativa entre vocês pra divulgar a banda?
Uma das nossas grandes influências sempre foi o cimema, os "B-movies" pra ser mais exato. Então, sempre tentamos relacionar nossa música com imagens do gênero, vinhetas, cartazes com personagens trashes. Também usamos (quando dá) um video de plano de fundo no palco, com cenas de surf e filmes que vão do western a Sci-Fi, deixando a coisa toda, mais temática possível! Criando assim uma identidade...que ajuda muito a vender a ideia da banda.

Como foi pra chegar nessa concepção de surf music com sci-fi ?
Sempre gostei das bandas clássicas de surf dos anos 60. Mas depois que ouvi essa "surf music de retomada" como dizem, dos anos 90, influenciada pelo filme “Pulp Fiction”, ou não, foi amor à primeira vista. Depois disso ficou mais ampla a coisa toda. As bandas, no meu ver, começaram a inserir outros elementos em seus estilos, saindo um pouco daquela coisa de praia, praia praia... Assim surgindo outras temáticas. É ai que a gente entra. No sci-fi podemos fazer de tudo um pouco, mas sem fugir das raízes.


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É a primeira vez que vocês tocam por aqui. Como está a expectativa de tocar no interior do Paraná?
Essa vai será a segunda vez que tocamos fora de Curitiba. A primeira foi no 13º Primeiro Campeonato Mineiro de Surf, em Belo Horizonte. Agora estamos loucos pra pegar a estrada rumo ao interiorzão. Desde o começo da banda queríamos sair tocando por ai, espalhando a surf music por todos os lugares. Agora chegou a hora! Vamos fazer barulho por aí!

Como será o set dos shows?
Vamos fazer uma salada! Tem músicas do começo da banda como "West Dickens" do nossa primeira demo, misturadas com as musicas que estarão em nosso disco. E outras bem recentes como "Os Peixes Engoliram o Mar" que ainda nem foi gravada. E de quebra fazemos algumas homenagens com versões de bandas que nos influenciam. Entre elas Man or Astroman e Dick Dale.

Vocês tem um disco pronto. Como foi o trabalho para viabilizar isso?
O disco foi todo gravado numa pancada só, tudo junto e separado, se é que você me entende [risos]. Algumas músicas ficaram com a pegada bem crua e suja, outras com um toque mais suave. Foi produzido por Marcus "Coelho" Gusso, multi-instrumentista, figura conhecida em Curitiba por participar de varias bandas por aqui, incluindo uma das nossas influências, a banda de surf music clássico Maremotos. O disco que será lançado ainda este ano terá 16 faixas intitulado "No limite do Alerta". O álbum conta com uma participação pra lá de especial do nosso amigo Koti, mais conhecido como O Lendário Chucrobillyman, o onemanband mais motherfucker deste mundo! Ele toca steel guitar em três músicas, dando um toque mais elegante ao disco.

Quando sai o disco?
Estamos em conversa com alguns amigos que possam lançá-lo ainda este ano se for possível. [risos] Se não rolar, lançamos nós mesmos! Será em CD e a capa quem vai fazer é o G-Lerm (do Chernobillies). E de bônus ainda vamos lançar uma música em vinil na coletânea "Weirdo Fervo" produzida por Marky Wildstone (do Dead Rocks) que será lançada este ano.

* Confira a página do Movie Star Trash no Facebook.
* Formação: Davi Dornellas (guitarra), Nei Rodrixx (baixo) e Matheus Moro (bateria).
* Mais informações sobre os shows no interior do Paraná.
* Fotos: Andye Iore

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