quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Como foi - A última noite do Psycho Carnival

A última noite do Psycho Carnival 2010 era a mais esperada pelo público. Graças aos ingleses do Frenzy. Pela primeira vez no Brasil, a banda que conta com mais de 25 anos de psychobilly, fez um dos melhores - senão o melhor - show do festival. Quem não era muito fã, ficou admirado e os fãs ficaram absurdamente satisfeitos e felizes com a apresentação. Resultado: ninguém sentiu falta do Guana Batz que seria a principal atração do evento e foi cancelado.

O show do Frenzy começou mais cedo que o programado porque as bandas gringas estavam com problemas de saúde. Com isso, o festival começou por volta das 22h35 com o CWBillys que tocou seu neo rockabilly por aproximadamente 30 minutos. O trio tocou com cueca samba-canção e a banda fez seu set com músicas sobre pin ups, caipiras, carrões e outros temas que serão mostrados no CD de estreia que sai ainda nesse primeiro semestre.

O Skizoyds mostrou seu psychobilly com influencia de metal e letras cheias de histórias de horror, sexo e motocas. A banda começou por volta das 23h20 e tocou por 28 minutos, mostrando músicas de seu bacana CD de estreia, "Trepanação", que estava à venda no festival por apenas R$ 10.

A primeira atração gringa foi a francesa Skarekrows. E essa dividiu opiniões: teve gente que gostou, outros acharam que não faria diferença, outros adoraram a simpatia do guitarrista Globul e outros destestaram o visual "psycho sexy glam" de Globul.
A banda começou por volta das meia noite e tocou por cerca de uma hora.
O público demorou para animar, mas acabou caindo no wrecking com canções sobre mosntros - "The creature of the black lagoon" - e pelo cover de "Tainted love", do Soft Cell.

A atração principal não precsiou de muito esforço para animar o público. O Frenzy começou às 1h20, tocou por 1h05 e colocou a turma no wrecking logo no começo.
O set alternou músicas recentes com clássicos. Foi uma das coisas mais bonitas ver o público cantando em coro "I see red"... parecia uma torcida organziada: um bando de maloqueiros felizes com os braços para cima como comemorando um gol.

O set foi aberto com o simpático tema "Frenzy". Seguiram "Reachin´out", "Nitro boy" e "Misdemeanour", do disco de 2006 que a banda vendia em sua barraquinha.
Outra que levantou o pique da plateia foi "Cry or die", tocada estrategicamente no final. O baixtsa e vocalista Steve Whitehouse deu um show de sinmpatia e técnica e ainda passou uma bela cantada numa morena na primeira fila. Enquanto o guitarrista Steve Eaton mal parava quieto. Corria por todo o palco e ainda participava das brincadeiras de Whitehouse, como ser carregado nas costas enquanto tocava guitarra ou subia na lateral do baixo, em um dos vários momentos que o dono do instrumento, Fireball (do Flatheads), ficou preocupado.
Já Whitehouse pode ser apontado como o performer do festival. O cara faz do baixo um brinquedo como se fosse a coisa mais fácil do mundo tocar. Ergue, roda, balança, corre, sobe em cima, deita no chão. Foi um show, simplesmente.
Depois da apresentação, fui conversar com o Steve Whitehouse sobre o disco novo que será lançado esse ano e perguntei o que ele havia achado do show. "Me diverti muito. A música é minha vida e por isso ainda me divirto tocando!", explicou, completando que toca desde o começo dos anos 80 e sempre se divertiu fazendo música.

O festival poderia ter acabado ali. Mas não, havia muita coisa bacana por vir. Em seguida entrou o Missionários. A tão esperada volta com a formação original (a não ser o baixista Babur). O som nem foi tão psychobilly, era mais voltado para o punk rock, mas deu nostalgia em muita gente. Um dos shows históricos do evento.

E aí o festival é fechado com chave de ouro. Aquelas sitiações que ninguém sabe explicar o motivo de ter acontecido. Acompanhei a banda londrinense Crazy Horses no ensaio à tarde. O trio estava parado porque o baterista Babão havia mudado para Curitiba. Eles apreensivos pela falta de ensaio e o efeito psicológico de tocar depois dos gringos. "Não vai ter ninguém pra ver a gente...", comentou o baixista Pepê no camarim. E, claro, a banda entrou no palco "turbinada". Foi só o show começar por volta das 4h que começou a aparecer gente. O público não foi embora. O show durou 1h05 e vi vários gringos com os olhos arregalados impressionados pela sonoridade dos "cavalos loucos".
Pepê demorou um pouco mais nas piadas, brincadeiras e comentários e arrancou risadas de muita gente... como de costume. Entre as que mais animaram o wrecking no começo da manhã estavam "Funeral" e "Rain of the rock". A banda, exausta, deixou o palco sob pedidos de mais do público.

Agora só em 2011!

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